19.12.11

Pausa temporária


Em virtude das férias de fim de ano, durante os próximos meses
deixarei o blog em stand by.
No próximo ano, voltaremos com força total.
Prof. Mario lhe desejo um final de ano maravilhoso e um 2012 repleto de coisas boas!

M2: Vídeo Aula 28 - Depressão na infância e adolescência.



Após ver a vídeo aula 28, estava fazendo algumas pesquisas sobre o assunto e encontrei um blog de adolescentes, com o título quero morrer! onde adolescêntes escrevem sobre seus medos, tristezas e falam sobre a morte e se questionam sobre o sentido da vida. Nesse blog encontrei o seguinte texto sobre depressão na infância e adolescência:



A depressão na adolescência não consiste apenas em maus humores e melancolia ocasional. A depressão é um problema sério com grande impacto na vida de um adolescente. Se não for tratada, a depressão poderá conduzir a problemas na escola e em casa, abuso de drogas, ódio por si mesmo e até tragédias irreversíveis como homicídios ou suicídios.
Felizmente, a depressão na adolescência pode ser tratada, e como pai, professor ou amigo, há várias coisas nas quais pode ajudar. 

Perceber a depressão na adolescência - Existem algumas ideias erradas acerca da depressão na adolescência, assim como acerca dos adolescentes em geral. Já todos sabemos que a adolescência é difícil, mas a maioria dos jovens contrabalança a ansiedade e angustia com boas amizades, sucesso na escola ou em outras actividades, e o desenvolvimento de um forte sentido de si próprio. Maus humores e rebeldia são normais na idade, mas a depressão na adolescência é muito diferente. A depressão pode destruir a essência da personalidade do adolescente, causando tristeza, desespero, ou raiva.


A depressão na adolescência está a aumentar, ou talvez só agora estamos a apercebermo-nos dela, o facto é que a depressão atinge mais os adolescentes do que a maioria das pessoas pensa. E apesar de a depressão poder ser tratada, os peritos afirmam que apenas 20% dos adolescentes deprimidos recebem ajuda.

Ao contrário dos adultos, que têm a capacidade de procurar ajuda sozinhos, os adolescentes dependem dos pais, professores ou outros adultos para se aperceberem do seu sofrimento e para encaminhar para um tratamento. Portanto, se tiver um adolescente presente na sua vida, é importante que saiba o que é uma depressão na adolescência e como detectar os sinais de alarme.


Sinais e sintomas de depressão na adolescência - Os adolescentes enfrentam variadíssimas pressões, desde as mudanças da puberdade a questões sobre quem são e onde pertencem. A transição de criança para adulto também pode trazer conflitos com os pais, na medida em que os adolescentes começam a exigir a sua independência. Com todo este drama, nem sempre é fácil diferenciar entre depressão e estados de humor típicos da adolescência. Tornando as coisas ainda mais complicadas. Os adolescentes com depressão não aparentam necessariamente tristeza. Em alguns adolescentes deprimidos, são mais visíveis sintomas como irritabilidade, agressividade e raiva.

 Podem ser sinais e sintomas de depressão nos adolescentes:

 • tristeza ou desespero;

• irritabilidade;

• raiva;

• hostilidade;

• choro frequente;

• isolamento;

• perda de interesse em actividades;

• mudanças nos hábitos de alimentação e de sono;

• falta de descanso e agitação;

• sentimentos de culpa;

• falta de entusiasmo e de motivação;

• fadiga ou falta de energia;

• dificuldades na concentração;

• pensamentos de morte ou suicido.


Se não tem a certeza se um adolescente está deprimido ou se se trata apenas de uma fase da adolescência, tenha em atenção a duração e gravidade dos sintomas, e nas diferenças de atitudes em relação à sua maneira de ser.

Enquanto algumas “dores” são necessárias nas etapas de crescimento, grandes e dramáticas mudanças de personalidade, humor ou comportamento são sinais de um problema grave.

A diferença entre a depressão na idade adulta e na adolescência

 A depressão nos adolescentes pode ser muito diferente da depressão nos adultos.



Os seguintes sintomas são mais frequentes nos adolescentes:

  irritabilidade ou raiva;

• dores inexplicáveis (adolescentes deprimidos queixam-se frequentemente de dores de cabeça ou de estômago);

• extrema sensibilidade às críticas;

• isolamento de algumas pessoas (enquanto que os adultos se isolam completamente, os adolescentes tendem a conservar algumas amizades).


Efeitos da depressão na adolescência


Os efeitos negativos da depressão na adolescência vão mais além do que um estado melancólico. Várias atitudes de rebelião são, por vezes, indicação de depressão.


A depressão na adolescência pode levar a:


• Problemas na Escola

A depressão pode causar baixos níveis de energia e dificuldades de concentração. Na escola, pode resultar em falta de atenção, descida das notas, ou dificuldades com os trabalhos de casa.


• Fugas

Vários adolescentes deprimidos fogem de casa ou falam acerca disso. Tentativas deste género são usualmente pedidos de ajuda.


• Abuso de Substâncias

Os adolescentes podem utilizar drogas e/ou álcool para se “auto-medicarem”. Infelizmente, o abuso de substância só torna as coisas ainda piores.


• Baixa auto-estima

A depressão pode levar um adolescente a sentir-se feio, envergonhado, falhado, ou sem valor.
 

• Distúrbio Alimentares

Anorexia, bulimia, comer de mais e fazer dietas “yo-yo” são frequentemente sinais de depressão.


• Adição à Internet

Os adolescentes podem utilizar a Internet como escape dos seus problemas. Mas o uso excessivo de computadores apenas aumenta o seu isolamento e torna-os ainda mais deprimidos.


• Auto-mutilação

Cortar-se, queimar-se, e outros tipos de auto-mutilação estão quase sempre associados a depressões.


• Comportamentos de risco

Os adolescentes deprimidos tendem a assumir comportamentos de risco, como conduzir embriagado, exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, e ter relações sexuais sem protecção.


• Violência

Alguns adolescentes deprimidos (por norma, aqueles que são vitimas de bullying, i.e., vitimas de outros colegas mais velhos ou fortes) tornam-se violentos. Como os conhecidos casos de massacres em escolas, que infelizmente têm aumentado. Os adolescentes deprimidos podem desenvolver aversão a si próprios e desejo de morrer, podem originar uma raiva violenta e até homicida.


• Suicídio

Adolescentes seriamente deprimidos pensam e falam em suicídio, ou chamam à atenção com tentativas de suicídio. De acordo com os especialistas, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens dos 15 aos 24 anos. Para a maioria dos jovens suicidas, a depressão ou outra desordem psicológica têm um papel fundamental. Em jovens deprimidos que abusam de álcool ou de drogas, o risco de suicídio é ainda maior. Devido ao perigo real de suicídio, os adolescentes deprimidos devem ser acompanhados para uma mais rápida detecção de pensamentos ou comportamentos suicidas.

Os sinais de alarme incluem:

- falar ou fazer piadas acerca de tentativas de suicídio;

- dizer coisas do gênero “estava melhor morto”, “quem me dera desaparecer para sempre” ou “não há saída”;

- falar positivamente acerca da morte e romantizar a morte (“se morresse, as pessoas iriam de certeza gostar mais de mim”);

- escrever histórias e poemas acerca da morte ou do suicídio;

- ter comportamentos de risco ou ferir-se várias vezes em acidentes;

- dar os seus bens pessoais;

- dizer adeus à família e aos amigos; procurar armas, comprimidos ou outras formas de suicídio.






Fonte: http://www.queromorrer.com/2010/12/depressao-na-infancia-e-adolescencia.html

M2: Vídeo Aula 27 - Stress e ansiedade na infância e adolescência.

Há muitos estímulos, de todos os cantos do planeta entrando em nossas casas, em nossa vida. O mundo de hoje: mais modernidade, mais tecnologia, mais pressão, mais cobranças, mais agitação, mais competitividade e menos cooperação, menos espírito de equipe, menos solidariedade.
Prof. Paula

Algumas reflexões para nós professores:

Como orientar nossos alunos, principalmente,
 as crianças e os adolescentes, para que tirem
o melhor de suas capacidades e sejam felizes ?
Como ajuda-los a não se tornarem
crianças, adolescentes ou
adultos ansiosos e estressados ?
Qual o papel da escola nesta área ?

“A ansiedade e o stress infantil não se manifestam isoladamente. É preciso promover

a saúde da criança e do adolescente para que consigam enfrentar as mudanças que ocorrem em suas vidas, minimizando as conseqüências do stress e da ansiedade. O objetivo é um desenvolvimento mais saudável na escola, em casa, no esporte, no lazer”.


O psicólogo Alexandre Rivero fala sobre o excesso de atividades e a grande preocupção
dos pais em criar filhos que façam sucesso na vida adulta, o que pode levar ao stress infantil.


                             Viver sem stress....                                                              e ser feliz!!!

M2: Video Aula 26 - Uh Batuk Erê: Uma ação de comunidade.

“A Educação tem um papel de responsabilidade comunitária.
Educação: um processo contínuo.”



O Prof°Edson Azevedo apresentou a experiência do Grupo de percussão Uh-Batuk-Erê, formado por estudantes de EMEF Profª Esmeralda Salles Pereira Ramos situada na região norte de São Paulo, precisamente me Jaçana/Tremembé, é um exemplo de como o trabalho de articulação entre escola e comunidade pode gerar frutos e contribuir para a construção da cidadania ativa.

O inicio...Devido aos estigmas observados na comunidade escolar e baixa auto-estima, consequentemente distorção de identidade, afinal foi analisado que os alunos dessa escola, eram descendentes de índios.

A idéia...
Estabelecer dialogicidade entre os diversos saberes

Como acontence...
Promovendo a arte como mediadora do multiculturalismo presente na identidade brasileira, orientada pela pedagogia da autonomia, da emoção do fazer consciente.

 
Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra .
"Enquanto a cor da pele
for mais importante que o brilho
dos olhos, sempre irá existir
guerra."
 Bob Marley





M2: Video Aula 25 - Relações com a comunidade e a potência do trabalho em rede.

A professora Patrícia Junqueira Grandino considera alguns aspectos da realidade histórica a qual vivenciamos (contemporaneidade). Vivemos um tempo de fragmentação, na qual a realidade é multifacetada e a sucessão dos eventoss assume um ritmo frenético, o que impõe alguns efeitos nas relações entre as pessoas e na produção de subjetividade.


Educação Comunitária

M2: Video Aula 24 - Mídia e comportamento.

A infância e a adolescência é um período de maior vulnerabilidade a influências externas, sendo uma delas a mídia,que é um importante meio de socialização. A mídia retrata modelos de conduta de uma determinada maneira, selecionam informações e conhecimento, fornecem estímulos.

Assim como adultos, adolescentes acreditam que a mídia influencia a todos menos a si mesmo. Os meninos são mais influenciados por cenas de violências do qua as meninas, que não admiram essa conduta. Crianças aprendem através de observação e imitação. Crianças menores de 8 anos não diferem fantasia da realidade.

O impacto negativo da mídia em crianças são: atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, precocidade sexual, violência, transtornos alimentares (obesidade, anorexia), problemas escolares, uso de drogas.

Além da mídia ser um substitutivo de outras atividades como: exercícios físicos, leitura interação com outras pessoas, etc.

Sendo assim, é importante ponderarmos o uso das mídias por crianças e adolescente, e incentivá-los a exercer outras práticas, como, por exemplo, leitura e esportes.




Pego carona na poesia dos Titãs em trecho da música “Televisão” de 1982:
ô Cride, fala pra mãe
a mãe diz pra eu fazer alguma coisa
mas eu não faço nada
a luz do sol me incomoda
então deixa a cortina fechada
é que a televisão me deixou burro
muito burro demais
e agora eu vivo dentro dessa jaula
junto dos animais
ô Cride, fala pra mãe
que tudo que a antena captar
meu coração captura
e vê se me entende pelo menos
uma vez, criatura
ô Cride, fala pra mãe

M2: Video Aula 23 - Uso de substâncias psicoativas.

Atualmente, o uso de drogas lícitas e ilícitas está aumentando em nossa sociedade, e infelizmente, em idades cada vez mais precoces. E muitas vezes, o início desta experiência tem seu início no ambiente escolar. Com isso, a escola pode promover estratégias de prevenção e discussão deste para minimizar os riscos. (Video Aula 23)



Vídeo direcionado aos professores..
CTdia - Professor faça sua parte Prevenção ao uso de alcool e outras drogas


Descrição: Aborda a promoção da auto-estima das crianças, através dos esportes, para evitar envolvimento com drogas. Enfoca o papel decisivo que o esporte possui, pois muitas crianças encontram sentido em suas vidas por causa do esporte.



Drogas, não vá por esse caminho!





Vídeo contra as drogas...
Não entre nessa...
as drogas apagam a linha da sua vida!!



M2: Video Aula 22 - Lazer, juventude e esportes.


Essa vídeo aula aborda a íntima relação entre lazer, juventude e esportes, trazendo à tona práticas desenvolvidas em grupos característicos no contexto cultural como os jovens praticantes de esportes radicais. Também se verifica nessa aula os conceitos de juventude e a inserção de jovens em espaços simbólicos oriundos das práticas de lazer em que se ressaltam as relações estabelecidas entre membros de grupos no manejo de códigos e símbolos comuns.



Vídeo: ECA - Capí­tulo IV. do direito à  educação, à  Cultura, ao esporte e ao lazer.  


Reportagem:
Olinda promove formação de agentes sociais do PELC :

M2: Video Aula 21- Lazer, cultura e elementos comunitários.


 
Essa vídeo-aula trata do lazer como uma esfera social e a relação do lazer com a comunidade. O Prof° Ricardo Uvinha ressalta que o lazer tem uma dimensão subjetiva e uma esfera social significativa. Conteúdos culturais do lazer: interesses artísticos; intelectuais; manuais; sociais: físico-desportivos; turísticos.


Existem três dimensões de lazer:

Descanso


Divertimento



Desenvolvimento



18.12.11

M2: Video Aula 20 - Bullying


O bullying é mais um dos desafios enfrentados na escola, infelizmente esse tipo de ação
vem crescendo; é caracterizado por atos agressivos, verbais ou fisícos.
A escola tem papel fundamental de conscientização, essa deve levar os alunos a refletir
e  reconhecer os autores e vítimas de bullying através de trabalhos didáticos, visando criar
 uma cultura de paz e de respeito às diferenças individuais. 

Esse tipo de violência tem sido cada vez mais noticiado e precisa de
educadores atentos para evitarem consequências desastrosas.

                            Bullying: como prevenir o problema na escola?

Para evitar o bullying, as escolas devem investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Para os professores, que têm um papel importante na prevenção, alguns conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar (Artmed). *Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar. * Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância. *Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos. *Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção da escola. * Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

                                                                           Fonte: http://revistaescola.abril.com.br

M2: Video Aula 19 - Violência nas escolas.


As charges mostram a violência na escola vivenciada pelos
profissionais da educação e também pelos alunos.
 

Um filme para refletir sobre a educação dos jovens que vivem sob o signo da violência e da discriminação. Íntegra da crítica no site www.ezine.jor.br
cada um, onde quer que esteja; em qualquer atividade profissional que desenvolva; jovem, dona de casa... “pode acender uma luzinha num quarto escuro”.
E é isso...,fazer a diferença !
E foi isso que essa professora fez, e foi isso que os alunos passaram a se dar conta.
Que nós, como educadores, possamos, também, acender luzes !

M2: video Aula 18 - A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar.

Cultura corporal: Toda a produção simbólica que envolove práticas corporais. É conjunto de conhecimentos que envolvem as brincadeiras, as danças, as lutas, as ginásticas e os esportes.
 
- A escola precisa reconhecer a diversidade de culturas
- Daltonismo cultural - o professor não se mostra sensível à heterogeneidade.
- Um currículo que procura evitar o daltonismo cultural diversifica as experiencias para que diferenças sejam valorizadas.
 
Dessa forma, antes de realizar o currículo a escola deveria fazer um mapeamento da cultura corporal das pessoas que vivem ao seu redor, uma vez que dentro do mesmo bairro há gostos diversificados, para descobrir qual prática corporal poderá trabalhar.
 
 
 

M2: Video Aula 17 - Transformações sociais, currículo e cultura.


Podemos dizer que a relação didática é
 influenciada  por três elementos
que se interelacionam: globalização, contexto
democrático e a sociedade multimídia.

Nas últimas décadas muitas transformações foram acontecendo, desde o meio mais simples de se viver como, nos alimentarmos em um restaurante, até aos meios de nos Informar, com a velocidade da Internet e outros meios, propiciados pela alta tecnologia. A Globalização alterou todo o método de vida, abrindo o espaço para que diversas modificações sócios culturais fossem acontecendo e se obrigando a se democratizar.

M2: Video Aula 16 - Sexualidade e prevenção de risco.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência é a fase entre os 10 anos até os 19 anos. É uma fase de mudanças e descobertas. O seu corpo está crescendo e ficando diferente.
É principalmente nesse fase que a escola pode contribuir reforçando a prevenção e o controle dos riscos que caminham com a sexualidade.

 "Enquanto não nos entendemos, e nos aceitamos, bem como
entendermos como as coisas funcionam, qualquer prevenção é nula.
Não há como prevenirmos aquilo a que desconhecemos."
                                                                                                       Lepri JR






M2: Video Aula 15 - Sexualidade da escola.


Todo ser humano necessita desde a infância de uma orientação sexual,
principalmente na adolescência, em vista da puberdade e
 da descoberta e interesse pelo outro.

Os pais têm papel fundamental quanto à orientação sexual de seus filhos, assim como a Escola não pode se omitir, deve procurar sempre esclarecer fatos e tirar dúvidas dos educandos. Os profissionais de educação física devem oportunizar situações que favoreçam ações reflexivas sobre a atuação da mídia quanto ao apelo à sexualidade, desmitificar questões de gênero e estar atento quanto à auto-estima de seus alunos. Será por meio do diálogo, da reflexão e da possibilidade de reconstruir informações, pautando-se sempre no respeito a si próprio e ao outro, que o jovem conseguirá transformar, ou reafirmar concepções e princípios, construindo significativamente seu próprio código de valores.

Com o acesso a informações sobre o funcionamento do seu corpo, prevenções contra as DST, gravidez indesejada e tantas outras dúvidas que possam vir a ter, diálogo aberto com pais e educadores (comprometidos com a Educação), nossos jovens estarão finalmente preparados para exercer; no momento certo, no lugar certo e com a pessoa certa, sua sexualidade com prazer e responsabilidade.

M2: Video Aula 14 - A cartografia e a representação dos lugares.

"São Paulo não é apenas o resultado do seu local,
da sua situação e do seu clima: antes disso tudo,
é o produto do trabalho dos homens que,
em épocas diferentes, conforme as circunstâncias
históricas mutáveis tiraram partido da natureza inerte."
                                            Pierre Monbeig


“O mapa reproduz um sistema de valores sociais que são culturais e históricos. Eles são como construções culturais de discursos sobre o território; é possível ler a sociedade pelos seus mapas. Tem elementos de matemática, área e relações espaciais. É possível ler, compreender as sociedades através dos mapas.”

“Repensar a escola através de outros parâmetros, outros valores e começar a criar uma outra cultura de respeito ao outro, cidadania, desejo de conversar. E a cartografia pode ajudar nisso.”

Prof°Sonia Castellar

M2: Video Aula 13 - Educação geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografica.

“Fazer da cidade um objeto de educação geográfica significa superar a superficialidade
 conceitual e estabelecer uma relação mais eficaz entre o saber formal e o informal”
 

Os alunos descobrem que a cidade é mais do que uma decodificação das informações que ela revela na sua aparência, mas pode-se descobrir a sua estrutura, sua gênese, sua função e seu processo histórico no qual foi produzida, podendo estabelecer uma nova referência para a Geografia escolar.

Há uma necessidade de pensar a cidade,o lócus,o lugar de vivência dos alunos, das pessoas e reconhecer, identificar e compreender a mesma.Essa compreensão começa com um entendimento do entorno,do bairro.O bairro traz consigo a ideia de pertencimento.A vizinhança confere ao aluno um capital cultural. É o bairro que nos apresenta a diversidade social, econômica e cultural daquela comunidade.
Sônia Castellar (Prof. USP).



15.12.11

M2: Video Aula 12 - Retardo mental. Autismo

“Identificar, compreender, entender, saber lidar, atuar significativamente.
Esses são os passos.”

RETARDO MENTAL:


- Crianças com retardo mental têm habilidades intelectuais abaixo da média;
- O déficit se inicia antes dos 18 anos de idade;
- Causa problemas no funcionamento diário, na comunicação, na interação social, nas habilidades motoras, nos cuidados pessoais e na vida acadêmica;
- Prevalência: 1-2%.
Os tipos de retardo mental são três: leve (podendo chegar a levar uma vida normal quando adultos e exercer um trabalho), moderado (exige mais cuidados, precisarão de auxílio por toda a vida e sua vida acadêmica também é limitada) e grave (problemas intelectuais, funcionais e motores muito sérios).

O que se pode fazer?
- Identificar precocemente;
- Tratar as alterações comportamentais;
- Treino de hábitos sociais;
- Estímulos favoráveis;
- Informação de pais, familiares e professores;
- Na escola deve se favorecer a maior estimulação possível, respeitando as limitações da pessoa e com o objetivo de melhorar as relações sociais.

O autismo:
É uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social.
O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
  COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO (Segundo a ASA)
USA AS PESSOAS COMO FERRAMENTAS RESISTE A MUDANÇAS DE ROTINA NÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇAS APEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS
NÃO MANTÉM CONTATO VISUAL AGE COMO SE FOSSE SURDO RESISTE AO APRENDIZADO NÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS

RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOS RESISTE AO CONTATO FÍSICO ACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICA GIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E PECULIAR
ÀS VEZES É AGRESSIVO E DESTRUTIVO MODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO

Modo Como Pais E Profissionais Da Educação Lidam Com O Autista:

A maioria das crianças autistas necessita de assistência e supervisão da parte dos adultos durante toda a sua infância. Os pais são indispensáveis como cuidadores e devem permanecer com a criança o maior tempo possível, estabelecendo com ela laços de confiança que são indispensáveis para o sucesso das etapas de desenvolvimento, que se encontram alteradas. O autismo como doença crônica que é, passa a ser considerada “a doença da família”.

Estes pais manifestam-se, por vezes, culpabilizados e envergonhados pela doença da sua criança. O técnico de saúde, seja auxiliar de ação médica, enfermeiro, médico, psicólogo ou o técnico educativo devem ter essa noção e adequada sensibilidade para apoiar estes pais, quando os mesmos necessitam de cuidados especializados para a criança autista nas instituições que os acolhem, sejam hospitais, colégios, centros de saúde ou de reabilitação. Esses técnicos podem ajudar a reduzir a culpa e a vergonha que os pais sentem e nem sempre verbalizam.
A família da criança autista necessita de aconselhamento desde o início do distúrbio e na sua evolução, sendo incentivada a cuidar da sua criança em casa, na maioria das vezes. E m alguns casos, são quase inexistentes os apoios psicológicos, sociais e econômicos. Ultimamente fala-se muito em cortes nos projetos que têm a ver com as crianças com necessidades especiais, essencialmente autistas. Contudo existem escolas primárias e autarquias com projetos direcionados a estas crianças.

Os pais apóiam-se em algumas leis que são insuficientes para tratar tantos casos, tendo em atenção que “cada caso é um caso”. Mas existe alguma dica que podem facilitar o dia-dia da família, tais como os 10 mandamentos dos pais com crianças especiais, que são eles:
•Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o futuro, mas tem controle sobre hoje.
•Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo das suas capacidades. Nunca se esqueça da sua capacidade de aprendizagem, por pequena que seja.
•Descubra e permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles, conselhos e apoio.
•Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu filho desde a infância.
•Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu conjugue e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta criança especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo.
•Responda apenas perante a sua consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas ações aos seus amigos ou ao público.
•Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um superpai 24 horas por dia. Permita-se a si mesmo ciúmes, zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seja necessário.
•Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa ser feito. Lembre-se de olhar para o que já conseguiu atingir.
•Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação especial pelos pequenos milagres da vida que os outros dão como garantidos.
•Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress.
Após seguir estas regras, sugere-se, ao ter um diagnóstico concreto do tipo de autismo ao qual a criança é acometida, que os pais intervenham dialogando com as suas crianças de forma a que a comunicação seja facilitada.
Nesse sentido, os pais ou educadores devem tentar:
•Minimizar as questões de origem direta, não questionar de forma direta a criança autista com questões: “Para que é isto?”, “O que é isso?”, pois este tipo de discurso que parece facilitar o desenvolvimento da sua linguagem, torna-se complexo para elas. Os substantivos são, para ela, as palavras mais fáceis de aprender, porque podem formar uma imagem na sua mente. Para aprender palavras como “embaixo” ou “em cima”, pode-se mostrar um avião (brinquedo) e dizer “em cima”, enquanto o avião levantar do chão ou de uma mesa, por exemplo;
•Facilitar a aprendizagem da linguagem. Alguns autistas não sabem que a fala é usada como meio de comunicação. A aprendizagem da linguagem pode ser facilitada com exercícios de linguagem para promover a comunicação. Se a criança ou jovem autista pedir uma caneca, ofereça a caneca. Se pedir um prato, quando quer uma caneca, dê o prato. Ela precisa aprender que quando fala, mesmo pedindo de uma forma errada, coisas concretas acontecem. É mais fácil para a criança/jovem autista entender que as palavras estão erradas quando delas resultam objetos errados;
•Observar qual a resposta da criança à comunicação. Algumas crianças autistas cantam melhor do que falam. Respondem melhor se as palavras forem cantadas para eles. Outras crianças com extrema sensibilidade sonora respondem melhor se o professor falar com elas num leve sussurro;
•Saber qual o método através do qual a criança tem mais facilidade na aprendizagem. As crianças autistas aprendem a ler mais facilmente por métodos fônicos e outras através da memorização das palavras. Nesse sentido, os pais devem falar com o educador da criança para saber qual o método mais fácil para ela, e em casa, reforçar esse método, mas sem insistir. O método fônico é baseado no ensino dinâmico do código alfabético, ou seja, das relações entre grafemas e fonemas no meio de atividades lúdicas planeadas para fazer com que as crianças aprendam a codificar a fala em escrita, e, de volta, a descodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento;
•Encorajar os talentos das crianças. Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador;
•Encorajar a criança a digitar no computador. Algumas crianças autistas têm problemas com o controle motor das suas mãos. A letra manifesta-se muito desajeitada e isso pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir essa frustração e ajudar a criança a escrever, deixá-la digitar no computador. Digitar é, às vezes, muito mais fácil;
•Aproveitar aquilo que a criança mais gosta. Muitas crianças autistas têm fixação por um assunto, como comboios ou mapas. A melhor forma de trabalhar com estas fixações é usá-las como trabalhos escolares. Se uma criança gosta de comboios pode usar-se para ensiná-la a ler e a fazer cálculos. Ler um livro sobre comboios e fazer problemas matemáticos com comboios é um bom exemplo a seguir;
•Acalmar a criança autista quando necessário. Algumas crianças autistas são hiperativas e podem ser acalmadas se forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Para melhores resultados, a roupa pode ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos, para prevenir o sistema nervoso de se adaptar a ela;
•Ensinar o autista pelo tacto. Em jovens autistas com mutismo, o tacto é, nalgumas vezes, o seu sentido mais confiável. Às vezes é muito mais fácil para elas o sentir. Nesse caso, as letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas. Ela pode aprender a desenvolver uma rotina diária, sentindo objetos durante alguns minutos antes da atividade programada. Antes do almoço (10 minutos antes do almoço), oferecer uma colher para segurar ou alguns minutos antes de sair do automóvel deixar que ela segure num brinquedo preferido (carrinho) são bons exemplos a seguir;
•Proteger a criança autista de sons que perturbam os seus ouvidos. Os sons que causam os maiores problemas são as campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios e som de cadeiras arrastando pelo chão. Em muitos casos, a criança pode tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido ou papel, enquanto o som das cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas ou carpetes antiaderentes. Por exemplo, a criança pode temer uma determinada sala de aulas porque tem medo que de repente possa ser submetida ao som agudo do microfone vindo do sistema de amplificador. O medo de um som horrível pode causar perturbação de comportamento nesta criança;
•Comunicar com a criança por antecipação visual clara, esperando a vez da criança, por forma a que esta tome a sua vez no diálogo. Sempre que a criança fizer um esforço ao corresponder a essa expectativa deve ser recompensada.
•Promover a expectativa da comunicação: Estabelecendo um contacto visual adequado; Virando a cabeça e o corpo na direção da criança; Sobrancelhas ligeiramente tensas;
•O adulto deve criar Situações de Comunicação: Os pais e professores podem encorajar a criança a comunicar espontaneamente criando situações que provoquem a necessidade de comunicação. Não antecipar tudo que a criança precisa, crie momentos para que ele sinta a necessidade de pedir aquilo que precisa;
•Usar e abusar de gestos e expressões faciais: A utilização abundante de gestos e expressões faciais é crucial para o desenvolvimento da linguagem. O gesto e o movimento tendem a encorajar o discurso. Capte a atenção do aluno/filho com gestos e suportes o significado das palavras que não forem claras para ele com uma ilustração visual que traduza esse significado;
•Usar um tom, ritmo e volume exagerado: Torna-se necessário captar a atenção da criança que apresenta problemas em comunicar de forma espontâneas. Usar uma entoação e um volume exagerados para facilitar o contacto. Esta é a razão porque as canções e as lengalengas são utilizadas na estimulação precoce da linguagem. Poderá cantar uma canção e deixar um espaço para que a criança colabore com uma palavra;
•Olhar para os olhos da criança e encoraje-a para que faça o mesmo.Usar frases diretivas simples do tipo; “Olha para mim”.
•Reforçar qualquer esforço: Para promover e encorajar a comunicação espontânea deve reforçar toda e qualquer tentativa e esforço que a criança produza.Não ignorar nunca as tentativas de comunicação, tanto verbais como não verbais;
•Sorrir sempre que possível. Ajuda a criança a associar a comunicação com o afeto e o prazer.
Portanto os profissionais da educação precisa ter uma certa dinâmica (modificação do ambiente e o suporte de material pedagógico adequado) para permitir a realização diária de tarefas que a criança é capaz de executar, diminuindo o grau de frustração e promovendo relações significativas com as atividades e com os contextos, melhorando nelas a capacidade autônoma de desempenho em contextos variados, nomeadamente na turma a que cada uma pertence, em casa com a sua família, ou noutros espaços generalizando as competências aprendidas de forma a otimizar as aprendizagens.

E por último, mas de extrema importância às rotinas que, conforme já foi referido, surgem incluídas na planificação e na gestão das tarefas do dia a dia e dos materiais e permitem processar informação de forma mais eficaz facilitando a aprendizagem, pois podem ser usadas numa variedade de situações e eventualmente alteradas. A maior parte destas crianças desenvolve rotinas, no entanto, muitas vezes são pouco funcionais.
Em suma educar crianças com Perturbação do Espectro Autista é hoje claramente viável e possível em inclusão, no entanto, apresenta enormes desafios aos profissionais envolvidos devido às características que estas manifestam. Os problemas de linguagem podem constituir um obstáculo à comunicação; a resistência à mudança e neste caso a aprendizagem não permite freqüentemente a utilização de técnicas de ensino-aprendizagem e avaliação tradicionais. Por vezes, o seu elevado funcionamento mental em algumas áreas pode levar o professor a criar falsas expectativas e conseqüente frustração; as respostas alteradas a estímulos ambientais usados na educação podem levar os outros a responder e a atuar de forma menos adequada às situações, as alterações de humor, por vezes aparentemente inexplicáveis, podem representar desafios e momentos de enorme perplexidade aos pares.

Para um professor o que se torna crucial realçar é que independentemente de qual a sua etiologia o Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que irá afetar todo o processo de aquisição de experiências, por isso as crianças com P.E.A. manifestam diferenças no modo como aprendem. Tudo aquilo que as outras crianças aprendem espontaneamente tem de lhes ser ensinado e explicado utilizando procedimentos de intervenção que reconheçam e procurem compensar essas dificuldades muito específicas. Assim, e de acordo com cada criança, deve ser elaborado um programa interventivo baseado numa estrutura externa que lhes proporcione pistas orientadoras do processo de aprendizagem. Esta deverá funcionar como uma estratégia que compense a sua dificuldade para aprender de forma espontânea e auto-orientada. Efetivamente, a criação de ambientes estruturados e programas diários que implementem estratégias aplicadas de forma detalhada, seqüenciada e persistente tornam possível que elas aprendam e apresentem uma melhoria significativa..
Possibilita o aumento das capacidades funcionais, a redução das limitações e dos comportamentos disruptivos e ainda a melhoria nos desempenhos e nas suas adaptações aos contextos freqüentados pelas outras crianças, nomeadamente o escolar.

O envolvimento e a formação de todos os que lidam com a pessoa com autismo é essencial. A interação social e a aprendizagem tendem a melhorar a sua expressão sintomática. Serão as relações a modificar a sua evolução e o seu prognóstico. As necessidades específicas de cada um não serão apenas determinadas pelas suas dificuldades de desenvolvimento, mas principalmente na forma como estas se organizam no contexto em que a aprendizagem acontece.
Apesar de esta sala ser um espaço para trabalhar com as crianças com P.E.A. está sempre aberta a qualquer aluno da escola que nela queira estar, seja para brincar, para ser ouvido, ou apenas para esperar que o seu professor chegue. A pouco e pouco ela é hoje um espaço de todos no qual se pratica a inclusão inversa.
Modificando o ambiente, reduzindo ou aumentando os estímulos, promovem-se as interações das crianças ajudando as que apresentam P.E.A. a encontrar motivação para a relação com o outro e as outras a respeitar o colega diferente na sua diferença.

De fato, nesta escola a inclusão tem sido uma realidade efetiva na qual os docentes envolvidos, professores formidáveis tanto em termos pedagógicos como pessoais, têm enriquecido e partilhado as suas práticas pedagógicas. Os colegas das turmas após esta experiência vivida serão com certeza no futuro cidadãos mais completos, pois praticam diariamente uma construção de valores de respeito pela diferença e experimentam a tolerância à frustração ao não obterem do outro as respostas normalmente esperadas e por isso manifestam capacidades gradualmente superiores de resolução de conflitos e de compreensão e de aceitação de diferenças no outro.
Esta escola, tão especial e acolhedora, relembra-nos todos os dias que na vida apesar de cada um seguir o seu caminho ele faz parte de um todo que diz respeito à humanidade e isso faz-nos sentir como é bom estarmos sempre atentos e disponíveis para “Aprender a olhar para o outro” e para acreditarmos no seu potencial. A inclusão não pode ser considerada um privilégio, ou uma mera opção estratégica, é um direito e, sobretudo, um exercício de cidadania a praticar diariamente e que abre caminho rumo a uma escola na qual todas as crianças devem ter um lugar, independentemente das suas diferenças, conforme preconiza a Declaração de Salamanca (1994).


A aceitação da escola para com o autista e o mesmo no ambiente escolar:

Refletir sobre as questões de uma escola de qualidade para todos, incluindo alunos e professores, através da perspectiva socio-cultural significa que devemos considerar, dentre outros fatores, a visão ideológica da realidade construída sócio e culturalmente por aqueles que são responsáveis pela educação. Julgamentos de “deficiência”, “retardamento”, “privação cultural” e “desajustamento social ou familiar” são todos construções culturais elaborados por uma sociedade de educadores que privilegia uma só fôrma para todos os tipos de bolos. E geralmente a forma do bolo é determinada pelo grupo social com mais poder na dinâmica da sociedade. Não é raro se ver dentro do ambiente escolar a visão estereotipada de que crianças vivendo em situação de pobreza e sem acesso à livros e outros bens culturais são mais propensas a fracassar na escola ou a requerer serviços de educação especial. Isto porque essas crianças não cabem na fôrma construída pelo ideal de escola da classe media, ou ainda, porque essas crianças não aprendem do mesmo jeito ou na mesma velocidade esperada por educadores e administradores. A prática de classificar e categorizar crianças baseado no que estas crianças não sabem ou não podem fazer somente reinforça fracasso e perpetua a visão de que o problema está no indivíduo e não em fatores de metodologias educacionais, currículos, e organização escolar. Aceitar e valorizar a diversidade de classes sociais, de culturas, de estilos individuais de aprender, de habilidades, de línguas, de religiões e etc, é o primeiro passo para a criação de uma escola de qualidade para todos.

Educar indivíduos em segregadas salas de educação especial significar negar-lhes o acesso a formas ricas e estimulante de socialização e aprendizagem que somente acontecem na sala de aula regular devido à diversidade presente neste ambiente. A pedagogia de inclusão baseia-se em dois importantes argumentos. Primeiramente, inclusão mostrou-se ser beneficial para a educação de todos os alunos independente de suas habilidades ou dificuldades. Isso pode justificar-se pela diversidade de pessoas e metodologias educacionais existentes em sala de aula regulares, pela interação social com crianças sem diagnóstico de necessidade especial, pela possibilidade de construir ativamente conhecimentos, e pela aceitação social e o conseqüente aumento da auto-estima das crianças identificadas com “necessidades especiais”.

A intolerância é responsável por grandes crimes cometidos pela humanidade. O preconceito, a arrogância e a incapacidade de aceitar diferenças são traços marcantes na história dos povos e dos homens.
Mesmo após séculos de guerras – todas inflamadas pelos mais ínfimos motivos, ainda assistimos ao massacre terrível da própria condição humana. Ainda depois de construída uma civilização altamente complexa, tecnológica, racionais, temos que conviver com a miséria absoluta e a violência explosiva. Parece que em algum ponto a humanidade insiste em errar.
Se a filosofia conseguiu algum avanço neste século-permitida em grande parte pela derrocada da discussão ideológica, foi no sentido de afirmar o direito a pluralidade. Uma vitória considerável do humanismo, em contra posição ao erro secular de impor pontos de vista, culturas, religiões ou modelos sócio-econômicos.

Não é de se admirar a dificuldade em conviver com o que é diferente ou minoritário. O senso comum, vício de se abrigar na opinião da maioria, é forma covarde, mas eficiente de qualquer pessoa se manter incluído na família, no grupo e, até mesmo, na chamada civilização. Mas os sinais desse processo constante de assimilação e afirmação se manifestam de forma quase sempre sutil e silenciosa.
O Brasil, basta observar, é um país de excluídos. Milhões de pessoas sobrevivem à margem da sociedade, apartadas econômica, social e culturalmente. Mas, aos poucos, de forma muito tímida, uma de nossas maiores exclusões, a escolas, vai sendo combatida (embora ainda haja muito por fazer, até que a última das crianças tome assento em um banco escolar).

Inclusão, essa é uma palavra que precisa ser bem mais definida e mais praticada. Não há razão para que alguém seja de antemão descartado, isolado, oprimido ou negado. Que lugar reservamos para o pobre, a criança, o idoso, o negro, o doente, o portador de deficiência física ou mental? Quem tem autoridade para estabelecer a quem pertence este mundo que todos constroem ninguém pode ficar de fora.
Inovar não tem necessariamente o sentido inusitado. As grandes inovações estão muitas vezes na concretização do óbvio, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, se não aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades.

A inclusão de portadores de autismo é uma inovação, cujo movimento tem um aspecto muito polêmico nos meios educacionais e sociais, entretanto, inserir alunos autistas de qualquer grau, no ensino regular, é garantir o direito de todos à educação.
A presença de alunos autistas, em uma sala de aula comum, é uma situação rara nas escolas de ensino regular, porém, as possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na educação por meio de adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes é bastante representativa. Então entendemos, como educação inclusiva, uma proposta de tornar a educação acessível a todas as pessoas, ou seja, refere-se à aceitação da escola e à participação de todos, embora tenha, como prioridade, a inclusão de pessoas portadoras de autismo no contexto social.
Observamos que, quando se fala em educação para portadores de necessidades educativas especiais, em especial o autismo, só se destacam escolas e instituições especializadas, tais como associação de pais e amigos dos excepcionais – APAE e a Sociedade Pestalozzi.
Temos observado nas escolas ditas “normais” a não inclusão de crianças portadores de autismo nas mesmas e que os mesmo as vezes não consegue se adaptar e aceitar o ambiente escolar. Em virtude disso, a inclusão se torna uma inovação cujo sentido tem sido distorcido, sendo, portanto, muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais.

Convencer os pais a exporem seus filhos portadores de autismo à convivência com o meio ambiente escolar é sem dúvidas uma barreira a ser vencida, pois há sempre a questão do olhar e do pensamento alheio. Incluir uma criança autista em uma escola dita “normal” ou de classe comum de ensino regular é muito importante para o desenvolvimento da sua potencialidade. Por este motivo, buscamos não restringir seu ensino somente à instituições especializadas a este fim e sim à escolas de ensino regular comum.
Para que isso possa ocorrer, é preciso desenvolver nas escolas de classes comuns um trabalho terapêutico em conjunto visando sempre o melhor e mais aceitável método para o desenvolvimento deste educando.

Contudo, a inclusão como resultado de um ensino de qualidade para todos os alunos provoca e exige das escolas novos posicionamentos a respeito da conduta da escola exigindo qualificação por parte do corpo docente e técnico-administrativo, afim de que seja capaz de receber e integrar o aluno autista.
A problemática de se conseguir adequar os alunos autistas à diversidade dos conteúdos também está relacionada ao fato da escola regular assumir junto a sociedade sua imagem de escola inclusiva, comprometida com o ensino e aprendizagem, buscando trabalhar dentro de uma integração.
Então a escola aberta para todos é a grande meta a ser alcançada, mas também um grande problema na educação inclusiva. Pensamos que uma escola inclusiva deve manter um quadro funcional qualificado e comprometido com esta educação, a fim de proporcionar ao aluno autista sempre que necessário um acompanhamento paralelo.
Existem muitas teorias sobre a forma de trabalhar a criança autista em termos educacionais. Dependendo da capacidade do Pedagogo e da criança alvo, alguns dão ênfase aos desejos e inclinações naturais da criança, enquanto outros procuram criar respostas comportamentais condicionadas por reforços positivos ou negativos.
Segundo Witmer (1919), que define:

40834 1d Monografia: Autismo na Educação Infantil
O conceito atual de inclusão se refere à vida social e educativa e todos os alunos devem ser incluídos nas escolas regulares e não somente colocados na “corrente principal”.
O objetivo primordial da educação inclusiva é, portanto, desenvolver a atenção, escolhendo tarefas que as desenvolvam e, em seguida, cultivar a concentração, a persistência, a paciência como atributos da atenção, fazendo assim com que esta criança interaja com o mundo lá fora, dentro de uma escola normal. O ambiente dedicado à esses autistas ainda não está adequado às suas necessidades, os alunos freqüentam às atividades de acordo com suas necessidades específicas. A escola que atende desde a educação infantil até a alfabetização propicia à essas etapas da educação salas de aula com aspecto comum a qualquer outro da mesma etapa.

Dentro de suas limitações a escola oferece também aos alunos meios de reunir às partes necessárias de um treinamento para aprender e não se criar ansiedades se a criança custa a corresponder de uma etapa para a outra. As escolas são construídas para promover educação para todos, portanto todos os indivíduos têm o direito de participação como membro ativo da sociedade na qual estas escolas estão inseridas. Todas as crianças tem direito à uma educação de qualidade onde suas necessidades individuais possam ser atendidas e aonde elas possam desenvolver-se em um ambiente enriquecedor e estimulante do seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

Trechos do artigo: Autismo na Educação Infantil

 
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